Eventualmente recebo alguns convites. Convites “não usuais”. PingoBerta, contatou e solicitou minha companhia para uma incursão na Trilha da Ponta Grossa (zona sul de Porto Alegre – RS).
Vencidas as tratativas de praxe, ficou acertado… 5h30 de domingo no início do calçadão de Ipanema (Porto Alegre). Observar que neste dia entrou em vigor o horário de verão, então no horário solar, a atividade iniciou ás 4h30.
Pontualmente iniciamos a corrida de 23km. O trajeto consistiu em correr até a trilha, pela estrada da Ponta Grossa. Fazer a trilha, 4km de trailrun, e retornar ao ponto de partida.
Finalizado o trecho do calçadão, o caminho até chegar na trilha é asfalto / acostamento de terra. Existem trechos com boa iluminação e outros nem tanto. O ideal se sua intenção é fazer esta trilha a noite, prefira durante a fase da lua cheia.
Entramos na trilha, com ela ainda escura. A corrida neste primeiro trecho teve velocidade diminuída, em função de declive somado ao solo de pedras que estavam molhadas.
Vencido este pequeno contratempo, a trilha se torna um passeio muito agradável. Trechos com vegetação muito fechada e molhada. Passar por estes trechos encharcou as roupas já suadas. Trechos em que o túnel verde permite a passagem com amplo espaço para o corpo. Mirantes de pedras. Caminhos de pedras. É inspirador realizar este tipo de atividade com o dia clareando.
Próximo ao final, é preciso atenção, uma vez que a trilha é “espremida” pela vegetação de um lado e um “penhasco” do outro. Passar por este local requer atenção.
Lado direito é uma queda de 6 a 8metros
Infelizmente meu GPS no meio do caminho “bugou”, e gravou apenas metade do trajeto. As informações abaixo me foram passadas pelo Pingo, e o gasto calórico foi estimado.
RESUMO
23,8 Km percorridos
3h10 tempo total
1840 calorias queimadas (estimativa)
Dificuldade: Difícil em função do terreno e distância envolvidos
MAPA – Infelizmente o GPS “travou” durante o trajeto.
No link abaixo veja o percurso de uma incursão passada para Ponta Grossa
A ideia surgiu por acaso, passei pelo local pedalando e observei uma “servidão de passagem”. No dia seguinte voltei literalmente correndo para conferir o local.
Atrás do museu Iberê Camargo, uma pequena trilha, em torno de 0,5 quilômetro. É possível vencer a mesma de forma bem rápida, não fosse o terreno extremamente acidentado do lado em que eu entrei. Foi preciso literalmente escalar alguns paredões. Nada extremo, mas exigiu mais do que as pernas. Alguns trechos com vegetação fechada, e obvio, espinhos também encontrei, o que retardou ainda mais o meu progresso.
Vencidos estes pequenos desafios, a trilha é muito boa. Túneis verdes, pontos com vista privilegiada, pequenas escadarias. O solo fica plano, favorecendo a corrida.
Vista
Não tenho conhecimento se esta trilha é aberta à visitação ou não. Na servidão que utilizei não havia nenhum informativo. Se a trilha é fechada, acredito que é por razões de “segurança”, obviamente existe o risco de cair de alguns pontos mais altos, mas quem se arrisca em trilhas, deve estar ciente dos perigos que corre.
Saída
Enfim, uma trilha que esta ao lado de um dos locais que Porto Alegre abraçou. Quem passa por ali ao cair da tarde junto ao pôr-do-sol, observa a popularidade da área.
Já escrevi e publiquei algumas expedições neste morro. Não há muito que acrescentar. Subir, não é tarefa fácil. Pedalar é complicado, quase toda subida é empurrando a bicicleta. Por outro lado, literalmente o outro lado do morro, é uma descida absolutamente prazerosa. A inclinação é “suave”, permitindo uma descida controlada e veloz, utilizando apenas o freio.
“Portal”
Ponto Portal, marca o início. Passou deste ponto, não para mais, até chegar no asfalto, onde sempre tem cachorros lhe aguardando para uma calorosa recepção. Um Fila vira-lata e um clone de PitBull, entre outros, sempre soltos na rua. Após o ponto Saída, tenha cuidado.
DownhillVoandoSempre tem cachorrada…
Hoje o post é curto, e curta o vídeo.
Trilha sonora da trilha, é cortesia da Banda Tombshit. Obrigado Raphael Lemos pela liberação de uso do track.
O tempo era curto. Logo o trajeto não poderia ser longo. Mas a bicicleta clamava por atenção, neste final de madrugada de sábado. Sem destino, fui pedalar. O objetivo iria se resumir a pedalar 2 horas. Uma hora para ida e outra voltando.
Percorrendo o trajeto que escolhi, inicialmente achei uma ferradura, indicativo de sorte. Pouco depois, vislumbrei ela… A antena. Já visitei ela outras vezes, mas sem o devido registro de imagens.
Sai da estrada asfaltada e iniciei a parte off-road. Aqui o desafio mais duro se apresentou, a escalada do morro onde ela esta instalada. Extremamente íngreme a lomba. É extenuante transpor este obstáculo.
Cheguei na antena e não existindo nenhum aviso ou barreira física impedindo a entrada, entendo que o local é aberto para visitação. Escondo a bicicleta entre a vegetação, no caso de alguém passar pelo local e ficar tentado a “levar” a mesma.
Iniciei a subida da antena. É uma longa escada até o topo. A medida que avanço, o vento se apresenta com mais força.
Longa escada
É um exercício de autocontrole interessante. Controlar a respiração que tende a hiperventilar, a cada degrau vencido. Controlar o medo, as mãos e pés para não errar a passada. Olhar para baixo é um pouco assustador.
Alto
Consumi um bom par de minutos para chegar ao topo. Uma vez lá, que vista. O céu se apresenta em uma cor azul vibrante. Contrastando com a exuberância verde da vegetação. O Sol desponta no horizonte com toda a sua energia. O vento zumbindo sem parar. É um espetáculo para poucos que se atrevem a ver o mundo de um ângulo pouco usual.
Eu poderia ficar no topo a contemplar a paisagem por bastante tempo. Infelizmente eu não dispunha de muito.
Desci a escada, recuperei a bicicleta e rumei para a lomba anteriormente escalada. Descer é assustador, tal a velocidade que se alcança. Nesta um pequeno “acidente”. Não vou relatar aqui, deixo que o vídeo fale por si.
Com a proximidade do final do inverno, cada vez mais fico tentado a “ir para água”. Um pequeno canal/braço de rio, chamou minha atenção na margem oposta de Porto Alegre, no Rio Guaíba, ao lado da planta industrial da Aracruz.
Não resisti e as 6h da manhã me dirigi até a margem do Rio Guaíba, carregando o caiaque. “Soltei as amarras” pouco antes das 7h da manhã. A minha frente uma remada estimada entre 8 e 9 quilômetros.
Cabe uma pequena ressalva. Nesta manhã um grande nevoeiro/cerração pairava sobre a cidade e sobre o rio. Não era possível enxergar mais do que 10 metros à frente. A navegação / orientação seria toda por instrumentos. A bussola indicava o rumo 251° como meu azimute. E desta forma parti. Após poucas remadas fiquei absolutamente sem nenhum ponto visível em terra para orientação, para qualquer lado que eu olhasse, via somente água e névoa. É preciso saber o que se esta fazendo quando as condições não são as ideais. Fazer esta travessia sob tempo fechado, sem conhecimento de navegação por instrumentos, é um grande risco. Rapidamente você pode ficar desorientado, entrar em pânico… A água não tolera erros, não tolera pânico.
No meio do rio, nublado, visibilidade menor que 10 metros. Céu e água fundidos.
Segui firme no meu rumo, fazendo pequenas correções. Porém a medida que eu avançava em direção ao canal de navegação, por onde passam grandes embarcações, navios de carga, um barulho de motor ficava cada vez mais forte. Parei junto ao canal de navegação e aguardei. A adrenalina era grande. Consultei minha posição no GPS, eu estava à margem do canal. Fiquei um tempo esperando, acreditando que a qualquer momento um grande navio iria cruzar minha frente… Porém o volume do barulho do motor era constante, não aumentou enquanto eu estava parado. Reuni um gole de coragem e parti remando vigorosamente para cruzar o canal. Remei de forma incansável. E cruzei o mesmo. Foi nervoso, acreditar que a qualquer momento teria de remar ainda mais rápido para escapar de uma possível colisão.
Felizmente nenhum navio cruzou meu caminho.
Após remar 1h40min, segundo o GPS a margem a qual me dirigia, estava a apenas 400 metros da minha posição. Porém eu ainda não consegui ver a terra. O Sol finalmente começou a romper a barreira da névoa. E não mais que de repente visualizei. – TERRA À VISTA!
Terra à vista
A entrada do canal, o qual eu havia planejado explorar estava logo a frente. Minha navegação foi muito assertiva. É recompensador perceber seus próprios acertos.
Sem demora iniciei a exploração do local. Aves de médio / grande porte, peixes igualmente grandes. São alguns dos inquilinos desta área. Arvores que obstruem completamente o leito do rio, criando tuneis verdes. Alguns chegam até a linha d’água, tentando impedir o progresso das embarcações.
Fantástico, relaxante remar neste local. Uma lástima que poucos são aqueles que se aventuram em conhecer estes locais “remotos”. Por outro lado, é maior a preservação deste.
Deixo as imagens contarem a história.
Entrando no canalObstáculos, galhos.Firme na remadaSaída do canal
Após a visita, é chegada a hora de retornar. São outros 9 quilômetros de remada. Felizmente desta vez é com campo visual amplo, o nevoeiro já se dissipou. A margem para qual me dirijo agora, é visível. Diversos navios cruzam meu caminho. Felizmente a distância entre nós é suficiente para evitar colisões. O vento também se apresenta na direção contraria ao meu destino, formando ondas e freando meu progresso, porém nada impossível de ser vencido.
Vento contra, Sol e ondas no retorno
Eu desejo apenas chegar. O telefone toca, atendo o telefone em alto mar, ou melhor em alto rio. Sou inquirido do motivo da minha demora e informo minha localização e de que meu progresso é mais lento do que o que eu havia previsto.
Cada quilometro que eu venço em direção ao meu destino final, é motivo de grande comemoração de minha parte. Aos 19 quilômetros, minhas forças praticamente me abandonam. Remei estes dois quilômetros de forma robótica. Foi extenuante este final.
Enfim cheguei, cravei a proa do caiaque na areia, e fiquei ali, sentado contemplando minha conquista. Aquele um minuto, um misto de descanso e alegria pelo que alcancei.
Chegar, alivio.
Finalizei a remada, recolhi o equipamento e pouco depois das 11h30 minutos da manhã já estava em casa, para “curtir” o final de semana em família, depois de uma bela mijada, por ter demorado além da conta na remada, que era estimada para 3 horas de duração.
Recebi um convite, de uma ONG, para participar de uma “remada” rumo ao Morro/Ponta do Arado (bairro Belém Novo, Porto Alegre – RS). Com o objetivo de “abraçar” simbolicamente este local, que recentemente foi vendido para uma empreiteira, que pretende construir nesta “área nativa” um condomínio de casas. Pode ser uma das últimas oportunidades de ver o local em sua forma natural.
Contextualizando, a Ponta do Arado, era propriedade e serviu de morada ao jornalista Breno Caldas, filho de Caldas Junior. Breno que esteve à frente do jornal Correio do Povo (publicação diária e o jornal “referência” na sua época), “faliu” durante sua gestão. Os motivos, deixo para você fazer a busca e tirar suas conclusões.
A “remada coletiva” não se concretizou. Porém a minha vontade de realizar a mesma era imensa. Escolhi a data e parti sozinho.
Era sábado pela manhã. As 5h da madrugada, consegui finalmente colocar dentro de um carro compacto o caiaque. Levei 30 minutos para realizar a manobra, buscando a melhor configuração.
Remando antes do amanhecer
Pouco depois das 6h, caiaque na água, remada em direção ao aglomerado de pedras no Rio Guaíba, metade do caminho para Ponta do Arado. Aqui estava programado o desjejum matinal. Durante esta “refeição”, que alegria ver o Sol nascer com toda sua força e seu colorido, anunciando um novo dia.
Aglomeração de pedras no Rio GuaíbaDesjejum matinal, que local…
Finalizada esta etapa, segue a remada. Aqui cabe ressaltar, os “perigos” do Rio Guaíba. Próximo as pedras, raspei o fundo do caiaque diversas vezes em pedras submersas à flor d’água. Embarcações de maior calado, é desaconselhável explorar a área, sem uma carta náutica atualizadíssima. Outro risco são as redes de pesca, sem sinalização, que são colocadas no rio. Passei sobre uma. Felizmente meu calado e quilha são pequenos, não fiquei preso, como já ocorreu outras vezes em que estava velejando em barco quilhado com bulbo, ficando este preso na rede. Fique atento!
Rede de pesca
Pouco mais de 2 quilômetros de remada, cheguei em uma praia na Ponta do Arado. Realizei pequena expedição no local, pois estava com os pés descalços. Não me aproximei da casa de Breno, com receio de encontrar algum cachorro, ou algo do gênero.
Desembarque na Ponta do Arado
Voltei ao caiaque. Durante a remada de retorno a câmera foi batizada. A ventosa que segurava ela se desprendeu. Felizmente, utilizo uma corda presa nela. Facilmente recuperei o equipamento.
Vento entrou, formou ondas. Caiaque furando onda, “mergulhando”
Com relação a remada, esta é na minha opinião, bastante fácil. A distância é pequena, é possível orientar-se utilizando pontos notáveis em terra. Enfim “tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
Finalizei a remada, recolhi o equipamento e pouco depois das 8h30 minutos da manhã já estava em casa, para “curtir” o final de semana em família.
Pouco depois das 6h da manhã já estou na rua. Caminhando. Isto em função do peso dos equipamentos que levo dentro da mochila. Cordas, mosquetões, freios e demais acessórios para escalada e rapel. Não pesei a mochila, mas tranquilamente estou falando de mais de 10kg de equipamentos.
Mas não posso reclamar. Eu tinha a opção de ficar em casa, dormindo. Deixar todo o equipamento esquecido em um canto escuro.
A minha escolha foi carregar todos estes itens, em direção a caixa d’água, localizada próximo a entrada do parque do Morro do Osso, em Porto Alegre (RS).
o desafio…
Calculei o tempo para que minha chegada ao local coincidisse com o raiar do dia. O plano de escalar a caixa d’água, requer muita luz, visando maior segurança. Aqui meu planejamento se mostrou muito assertivo. Cheguei ao local já com o dia claro.
É um local calmo. Pouco movimento nas ruas que circundam esta praça, onde fica localizada esta caixa d’água.
Lentamente preparei os equipamentos e lancei a corda sobre a viga do primeiro estágio da caixa d’água. Corda fixada com sucesso. Preparei dois cordeletes com nós para ascender na corda presa a viga. A tarefa foi fácil. Porém realizei ascensão de maneira lenta. Prefiro realizar tal atividade com calma, checando tudo, para que não haja nenhum imprevisto, visto que eu estava sozinho.
Escalando ao raiar do dia
Acessei o primeiro estágio. Deste, eu pretendia lançar a corda para o segundo estágio e ascender por ela. Porém a escada fixa da caixa d’água já estava ao alcance da mão. Escolhi esta via para acessar o topo.
Primeiro estágio vencido
Após ingressar na escada, cujo acesso não é fácil, prossegui de maneira mais rápida rumo ao topo. Atenção que a estrutura da escada já apresenta avançados sinais de corrosão. É desaconselhável realizar esta escalada. Existe um grande risco envolvido.
Escada para o topo
Chegando ao topo, uma sensação de dever cumprido. Eu havia estabelecido a meta de subir. Planejei metodicamente a ascensão. Executei o planejamento com pequenas melhorias. E cumpri meu objetivo.
Chegando ao topoVista
Há quem não veja sentido nesta empreitada. “Fi-lo porque qui-lo”. Não sou alpinista profissional, mas me é gratificante vencer os desafios aos quais me proponho.
Retornando ao solo. Sensação de dever cumprido.Ghost rapel. Técnica para recuperar o equipamento.
Caso você tenha interesse em receber maiores informações com relação as atividades de Coaching e TEAL, entre em contato utilizando o link contato.
O bônus veio no retorno da escalada, passei em frente ao clube AABB. Neste estavam testando uma pista de mountan bike. Evento que vai ocorrer no final de semana dos dias 20 e 21 de agosto de 2016.
O inverno começa a dar sinais de que vai ser rendido pela primavera. As manhãs já não são tão frias. Atividades que envolvam exposição à água estão liberadas.
O bairro Vila Nova, na cidade de Porto Alegre, é na minha opinião, um lugar que ainda preserva uma característica “rural”. Mesmo estando dentro do perímetro urbano do município. Talvez em função do seu relevo, ou pela distância do centro da cidade. Originalmente esta localidade abrigava grandes propriedades rurais. Estas ainda hoje resistem as propostas de construtoras, que anseiam transformar estes locais em grandes condomínios residenciais…
É para lá que vou, antes do dia clarear, inicio uma corrida de 6 quilômetros, Passando pela Montecristo, com destino a Estrada João Passuelo. Passa por baixo desta estrada, um veio d’àgua. Não é em absoluto uma distância difícil de percorrer. Por motivos óbvios, não fui de bicicleta, pois se assim fizesse, implicava em carregar a mesma sobre o leito deste curso de água, coisa que eu não pretendia fazer.
Iniciada a caminhada sobre a água, esta se mostrou mais difícil que o imaginado. Vegetação muito fechada. Foi preciso utilizar o facão diversas vezes para abrir caminho. Algumas pedras escorregadias. A profundidade não é problema, é pequena.
Curso d’água
O lixo também se faz presente nesta área. Existem trechos em que o estado das margens, é tomado de resíduos. Uma imagem lamentável. Observei alguns canos, que acredito sejam ligações clandestinas de esgoto. Recomendo uma visita da FEPAM para vistoriar o local.
Não é fácil progredir. É preciso “abrir” caminho.
Outro grande problema, é o fato de que este curso, passa próximo de propriedades sem cerca. Em mais de uma oportunidade fui ameaçado por cães, que sentiram seus territórios invadidos. Felizmente a ameaça se resumiu a uma aproximação e rosnados. Me afastei devagar e segue a caminhada.
Chegou determinado momento em que a sujeira me venceu. Desisti de encontrar a nascente. E criei um novo problema. Encontrar uma passagem por entre as propriedades para acessar a estrada. Felizmente encontrei uma forma de retornar a ela.
No acostamento, retirei o par de tênis, e permiti que os pés secassem por 5 minutos, antes de colocar meias secas e um segundo par de tênis que estavam na mochila. Aqui a dica, sempre que for caminhar em locais “molhados”, leve um outro par de calçados e meias.
Iniciei a corrida de retorno. Qual não foi minha surpresa. Meu retorno foi muito rápido. Consultei o tempo, e percebi que era em torno de 8h da manhã. Tendo eu programado o meu regresso para as 10h, não hesitei em explorar o “morrinho” da “pedreirinha”. É uma subida rápida. Sem maiores dificuldades. O porém é que não existe uma trilha. Um GPS é de grande ajuda para chegar sem problemas ao topo e posteriormente a “pedreirinha”.
Taquaral, entrando no morro
Em uma rápida exploração ao topo da pedreira, não encontrei nenhum elemento que pudesse servir de ponto de ancoragem, próximo a parede de pedra.
Subida em direção da “pedreirinha”Vista
Iniciei a volta para a civilização. E aqui o problema foi “enorme”. Sai da trilha correndo acessei a rua. Já estava em pleno núcleo urbanizado, quando fui cercado por uma matilha de cachorros enlouquecidos. O problema é que um deles era um rottweiler. Quando nos encaramos, paramos os dois. A distância entre nós era de pouco mais de 2 metros. Ele me olhando, rosnando, e eu parado encarando. Eu não tinha a menor chance, no caso de uma briga. Meu resgate seria com vassoura e pá, para juntar meus pedaços pelo chão. Estes 5 segundos em que o dono deste monstro, demorou para chegar junto ao seu animal, durou uma eternidade. Posteriormente ele veio me dizer que o cachorro não mordia, e que nunca viu o monstro se comportar assim, etc…
Eu gosto de cachorros, mas aqui vai uma notícia a todos os donos de cachorros. TODO O CACHORRO MORDE!! Esta eu escapei por pouco. Ileso, pois parei, ao invés de fugir. Atenção donos de cães. Cachorro, fora do pátio, deve sempre estar na guia. Repito, TODO O CHACHORRO MORDE! O discurso do dono do cachorro vai ser sempre o mesmo, até que ele morda alguém. Infelizmente a câmera estava desligada neste momento, pois eu já havia encerrado a trilha.
O domingo de tempo ameno convida para uma pedalada. Depois de quase 30 dias praticamente parado, em decorrência da última queda que ocorreu no caminho da pedreira, no inicio de julho de 2016. Queda esta que me causou um desconforto doloroso na cervical, por quase todo este tempo.
Parti tão logo acordei. Escolhido como destino o Morro da Tapera, este não apresenta grandes dificuldades para ser percorrido.
Rapidamente cheguei ao ponto escolhido para entrar na trilha. Rumo ao topo do morro.
O trânsito estava intenso. Nunca antes havia passado por um “engarrafamento” em trilha alguma. Corredor, motos e eu de bicicleta. Felizmente cada um seguiu seu caminho sem maiores problemas.
Engarrafamento
A trilha tem todos os tipos de solo. Terra, pedregulhos soltos, grandes pedras. Nada intransponível.
Túnel verde
Chegar ao topo é sempre uma alegria. A vista, o silêncio, o ar, elementos que renovam o espirito.
VistaTopo
Acabei descendo pelo lado mais íngreme. Aqui é preciso atenção para evitar acidentes. O risco existe e não é pequeno. Outro problema é que a saída é por uma propriedade particular. Não recomendo seguir. Embora eu não tenha tido problemas com o “dono”, que permitiu minha passagem. Aconselho seguir o trajeto do ponto T4 ao T7. A descida é mais “suave”.
Quanto a câmera, o resultado inicial foi positivo, embora tenha anotado alguns pontos para melhorar as próximas filmagens.
RESUMO
21,0 Km pedalados
2h11 tempo total (pedalados e parado trocando um pneu)
O destino já é conhecido de longa data. A Pedreira de Porto Alegre. No final deste post vou colocar o link de uma incursão passada na pedreira. Retornei para esta trilha com intuito de adicionar um novo elemento, um temperinho extra. Um rapel na pedreira menor.
O dia começou cedo, pouco depois das 6h da manhã eu já estava pedalando pelas vias do bairro Vila Nova. Pouco antes de ingressar na Estrada das Furnas, um grupo de cães “sem dono” resolveu me perseguir, me cercar, tentando me abocanhar a todo custo. Nunca Havia passado por uma perseguição canina tão longa. Para piorar o cenário, eu estava subindo uma ladeira, com mais de 10kg de equipamento nas costas, sendo atacado. Que momento.
Um novo dia
Vencia a subida da Estrada de Furnas sem demora. O dia raiou durante esta escalada.
Sem demora ingressei na trilha para a pedreira. O caminho é conhecido, não sendo necessário o uso do GPS, mas como é meu costume, eu o levo junto, para coletar as informações do percurso.
Pedreira maior, cedo pela manhã
A trilha para a pedreira tem lá suas peculiaridades. Existe um trecho em aclive, com o terreno extremamente acidentado. Impossível pedalar. Aqui a bicicleta é que é carregada. Porém de maneira geral é uma trilha que pode ser percorrida em quase sua totalidade pedalando.
Quanto mais próximo da pedreira, mais eu permito que o meu pensamento, minha atenção navegue para os preparativos do rapel. O que foi um tremendo erro. Se você esta pedalando em uma trilha, por mais conhecida que seja, em velocidade, concentre-se na trilha. Esta perda de foco me custou uma queda. Aterrissei de testa no solo. Devo acrescentar que foi bastante dolorosa, e com grandes possibilidades de um dano físico considerável. O meu capacete rachou. Se eu estivesse sem o mesmo, não gosto de imaginar o estado que minha testa estaria agora. O impacto foi tão forte, que passados dois dias do acidente, sigo com mobilidade limitada no pescoço. A dor é minha nova companheira.
Literalmente rachei a cabeça na queda
Passado o susto. Levantei. Computei as baixas. Uma perna com diversos arranhões e pequenos cortes. Hematoma na testa. Trauma no pescoço, na base do crânio. Equipamentos, freio dianteiro desconectado, câmbio traseiro funcional, porém a alavanca perdeu a mola que a faz retornar para posição original após o acionamento. O GPS descobri depois que a porta USB parou de funcionar. E obviamente o capacete quebrado.
Quem acredita em “sinais” do além, premonições, “avisos” do destino, provavelmente após esta queda, abandonaria a trilha sem realizar o rapel. Eu não. Obviamente diminui o ritmo do pedal, mas segui com meu planejamento.
Cheguei a pedreira menor e como planejado antes da minha queda, escolhi como ponto de ancoragem a pedra pintada, que fica próximo ao paredão da pedreira.
Foto satélite, cortesia do Google. Não resisti e publiquei foto que não é de minha autoria, a imagem é bonita e traz boas memórias.Bicicleta ficou acorrentada e escondida no mato
Neste ponto eu fui bastante criterioso e demorado. Estando eu sozinho, nenhum erro seria tolerado. Fiz o nó de ancoragem com toda paciência. Revisei o mesmo. Testei a corda e o nó. Coloquei muita tensão na mesma antes de realizar a primeira descida. Protegi os pontos em que a corda iria “roçar” em pedras, envolvendo a mesma com câmaras de bicicleta. Para evitar cortes e potencial rompimento da mesma.
Nó que vale uma vida. A minha vida!
Uma vez certificado a corda e o equipamento… Lagartixa vai para parede. Auferi via GPS, a parede escolhida tinha em torno de 23 metros de altura. Era possível após a descida, retornar facilmente caminhando para o topo da corda, utilizando uma pequena trilha.
Paredão de 23 metros
A experiência foi muito positiva. Estar sozinho realizando tal atividade, sem dúvida colocou um elemento extra de perigo, além de forçar um cuidado extra, especialmente após o ocorrido, a queda. Observe que não é uma prática recomendada realizar este tipo de atividade sozinho, ou sem supervisão de pessoal qualificado para lhe orientar no preparo do rapel.
Após as diversas descidas, recolhi o material, e rumei para a saída mais próxima, via Morro da Cruz. Desci o morro em velocidade, alcançando a Av. Bento Gonçalves. Desta pedalei vigorosamente em direção à zona sul. Retornando assim para o conforto e segurança de uma vida civilizada.