Essa é uma trilha pela qual tenho uma “memória afetiva”. Fiz ela muitas vezes antes de começar o projeto TriTrilhas. Eis que tive nova oportunidade de realizar a mesma. Seguem imagens e considerações.
A trilha pode ser iniciada tanto da ponta sul da Praia de Cima (Pinheira), ponto IniPRAIA, ou pela rua, ponto IniRUA.
Eu iniciei pela praia, fui até a entrada da rua e depois segui em direção a Guarda do Embaú.
A trilha não é das mais difíceis. porém carece de uma melhor sinalização. O ponto BIFURCA1 permite atalhar a ponta da Pinheira. Eu preferi fazer o trajeto mais longo.
O ponto BIFURCA2 é preciso atenção para dobrar a esquerda. Não há sinalização neste ponto.
Literalmente deu um “BUG” na camera.
A trilha segue e se atinge o ponto mais alto, de onde é possível visualizar a “Praia da Gaúcha” nome popular de uma praia deserta entre a Pinheira e a Guarda, cujo nome se originou no passado quando gaúchas se dirigiam a esta praia deserta para tomar Sol de topless.
Descendo em direção a Praia da Gaúcha
O caminho estava molhado, e existem trechos que oferecem um certo perigo.
Descida final para chegar na Praia da Gaúcha, muito íngreme.
Ao final da praia deserta, é preciso subir, vencer mais uma subida.
O período de final de ano, inicio de ano novo, é uma época muito festiva. Muita bebida fermentada, lautas refeições noturnas. Inevitavelmente quando participo destes jantares, tenho dificuldade de realizar no dia seguinte alguma atividade física. Havia programado sair ás 5h da manhã. Consegui fazê-lo somente ás 7h.
Não obstante, o trago mal curado que atrasou minha saída, meu planejamento também não foi o mais apurado. A intenção era percorrer o trajeto correndo. Acabei caminhando a maior parte deste. Levei pouca água, apenas um litro. Esqueci o par de meias reserva, assim como uma outra cueca, para o caso de molhar estes itens, poder trocar os mesmos, para evitar principalmente assaduras na virilha.
Lá fui, em direção a Trilha dos Cataventos, já sob a luz do Sol e seus primeiros raios matinais. Este trecho inicial é fácil, em torno de 6~7km. Basicamente é cruzar a cidade de Tramandaí em direção a trilha.
Logo na entrada da trilha, o efeito dos excessos se apresentam na forma de uma tremenda dor de barriga. Neste ponto metade da água que estava comigo foi utilizada.
O início da trilha é um terreno fácil de percorrer. Um pouco de areia, grama, chão batido. O único ponto a ressaltar são as imensas poças de água que ocupam toda a passagem. É impossível contornar as mesmas. É preciso molhar o pé. A dica é tirar o tênis e cruzar a poça com os pés descalços. Evitando molhar o tênis e a meia e assim evitar eventuais bolhas causadas pelo atrito do tênis molhado ao pé. Eu não fiz isso. Tentei cruzar saltando e obviamente não obtive sucesso. Molhei o pé. E pior, não tinha outra meia seca para trocar.
Outra ponto negativo deste trecho inicial são os insetos. Uma espécie de “mutuca”, muito inconveniente, um bando delas tentava a todo custo extrair um amostra do meu sangue, para lhes servir de refeição.
Aqui neste trecho já se observa a proximidade dos cataventos (geradores eólicos). Somente mais alguns quilômetros, dois ou três e é possível estar próximo a eles. Creio não ser indicado se aproximar e tão pouco tocar nestes equipamentos, em função da eletricidade estática.
Deste ponto em diante segui por uma das poucas áreas de dunas naturais que estão preservadas no litoral do Rio Grande do Sul. É E-X-T-R-E-M-A-M-E-N-T-E bonito este local. Dunas brancas, altas, de uma textura lisa que foram delicadamente talhadas pelo vento presente da região. Lindo demais.
Mas a maior surpresa estava por vir. No cruzamento da área de dunas em direção a estrada/praia, encontrei uma lagoa de água doce, transparente, límpida, de pouco mais de 60cm de profundidade. Absolutamente fantástica. Uma pintura. Me senti no nordeste do Brasil, Lençóis Maranhenses. Não resisti. Me atirei de corpo e alma.
Estas lagoas, assim como as dunas, são móveis, e dependem dos ventos e das chuvas. Não sei quanto tempo esta lagoa vai ficar nesta localização.
Que presente eu recebi!
Finalizado meu revigorante mergulho, percorri mais alguns quilômetros. Cruzei a estrada, e iniciei o meu retorno ao ponto de partida. Mais 10 exaustivos quilômetros, sob um Sol escaldante.
Felizmente encontrei algumas notas de Reais dentro de minha mochila, que me permitiu adquirir mais uma porção de água.
#Dicas Finais
Leve boné, use uma camisa de manga longa com proteção solar. Leve pelo menos 2 litros de água. Leve um par de meias sobressalente. Uma cueca ou calcinha sobressalente, de acordo com sua preferência. GPS e pilhas sobressalentes. E obviamente muita, MUITA vontade.
Atenção que existem diversas propriedades particulares no entorno desta trilha. Neste caminho por mim percorrido, não saltei nenhuma cerca. Creio não ter entrado em nenhuma propriedade particular. Se o fiz, deixo aqui registrado o meu pedido de desculpas. Durante todo o meu trajeto, nada danifiquei e levei. Deixei apenas algumas marcas de pegadas, que agora o vento já deve ter apagado.
Minha virilha ficou com uma assadura gigantescamente dolorida!
2.000 km percorridos em 2017. Desde 1° de janeiro até 06 de setembro de 2017, 2.000km percorridos em ambiente externo. Seja correndo, caminhando, pedalando, remando, subindo ou descendo… Extenuante? Não, foram emocionantes. Ok, eu confesso que houveram dias em que a preguiça pedia algumas horas de sono extra…
Felizmente venci a preguiça. Uma vez que eu não faço uso de academia, tenho apenas um compromisso firmado “comigo mesmo”, de ter que fazer exercício em 50% dos dias de cada mês, percorrendo um mínimo de 200km e 24 horas, quando somados todos os tempos e distâncias dentro de cada mês.
Pequenas lesões, me impediram de chegar neste marco antes. Além de atrapalhar meus objetivos nos meses de junho e julho.
Mas, é mais fácil do que você pensa. Basta querer!
O dia é frio sem muito rigor, final de outono no sul do Brasil. Pedalando em direção…
Ops… antes de chegar na trilha
Ao largo do morro, quem por ventura prestar atenção ao mesmo, é capaz de observar uma Rosa dos Ventos, “tatuada” da encosta dele. Olhando em fotos de satélite, é preciso aplicar um bom nível de zoom para visualizar a mesma.
Local visualizado. É ponto plotado no GPS. E inicia-se mais uma jornada.
O trecho inicial da trilha é um velho conhecido. Subida íngreme, espinhos nas pernas. Padrão “eu deixo marcas na trilha e a trilha deixa marcas em mim.”
Deste ponto em diante é sem bicicleta…
Após cruzar o topo do morro e alcançar a face sul deste, é onde realmente iniciam as dificuldades. O trajeto que escolhi, para alcançar a Rosa dos Ventos, não conta com uma trilha. É preciso avançar em meio a vegetação fechada. Tomei coragem e abandonei a Bike, encostada em uma árvore, sob densa vegetação. Segui caminhando por 2km por onde era impossível pedalar.
Não existe nenhuma marcação para facilitar a navegação. Dependi inteiramente das informações do GPS para alcançar o ponto desejado e voltar para o local onde deixei a Bike “abandonada”.
É o tipo de caminho, em que após passar, a vegetação se fecha atrás de você. Achar o caminho de retorno sem um equipamento de apoio, é se não impossível, muito difícil.
Esta é a razão da não publicação deste trecho da trilha. Não vou recomendar a visitação. É perigoso.
Após esse trecho de muita adrenalina, e teste de conhecimentos em navegação por instrumentos, segui descendo a face sul do morro. Esta trilha de descida é pouco utilizada. A vegetação cresce onde uma vez foi a trilha. Muitos galhos e árvores caídas bloqueiam o caminho.
Na minha primeira tentativa de achar a saída, cheguei nos fundos de uma residência, sendo recepcionado por uma dupla de cães de grande porte. Calmamente dei meia-volta. Mais uma pequena pedalada e encontrei finalmente a saída.
*Desconheço maiores detalhes de quem foi o responsável por criar esta obra, e o motivo. Se alguém souber, pode me informar.
Pouco depois das 6h da manhã já estou na rua. Caminhando. Isto em função do peso dos equipamentos que levo dentro da mochila. Cordas, mosquetões, freios e demais acessórios para escalada e rapel. Não pesei a mochila, mas tranquilamente estou falando de mais de 10kg de equipamentos.
Mas não posso reclamar. Eu tinha a opção de ficar em casa, dormindo. Deixar todo o equipamento esquecido em um canto escuro.
A minha escolha foi carregar todos estes itens, em direção a caixa d’água, localizada próximo a entrada do parque do Morro do Osso, em Porto Alegre (RS).
o desafio…
Calculei o tempo para que minha chegada ao local coincidisse com o raiar do dia. O plano de escalar a caixa d’água, requer muita luz, visando maior segurança. Aqui meu planejamento se mostrou muito assertivo. Cheguei ao local já com o dia claro.
É um local calmo. Pouco movimento nas ruas que circundam esta praça, onde fica localizada esta caixa d’água.
Lentamente preparei os equipamentos e lancei a corda sobre a viga do primeiro estágio da caixa d’água. Corda fixada com sucesso. Preparei dois cordeletes com nós para ascender na corda presa a viga. A tarefa foi fácil. Porém realizei ascensão de maneira lenta. Prefiro realizar tal atividade com calma, checando tudo, para que não haja nenhum imprevisto, visto que eu estava sozinho.
Escalando ao raiar do dia
Acessei o primeiro estágio. Deste, eu pretendia lançar a corda para o segundo estágio e ascender por ela. Porém a escada fixa da caixa d’água já estava ao alcance da mão. Escolhi esta via para acessar o topo.
Primeiro estágio vencido
Após ingressar na escada, cujo acesso não é fácil, prossegui de maneira mais rápida rumo ao topo. Atenção que a estrutura da escada já apresenta avançados sinais de corrosão. É desaconselhável realizar esta escalada. Existe um grande risco envolvido.
Escada para o topo
Chegando ao topo, uma sensação de dever cumprido. Eu havia estabelecido a meta de subir. Planejei metodicamente a ascensão. Executei o planejamento com pequenas melhorias. E cumpri meu objetivo.
Chegando ao topo
Vista
Há quem não veja sentido nesta empreitada. “Fi-lo porque qui-lo”. Não sou alpinista profissional, mas me é gratificante vencer os desafios aos quais me proponho.
Retornando ao solo. Sensação de dever cumprido.
Ghost rapel. Técnica para recuperar o equipamento.
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O bônus veio no retorno da escalada, passei em frente ao clube AABB. Neste estavam testando uma pista de mountan bike. Evento que vai ocorrer no final de semana dos dias 20 e 21 de agosto de 2016.
Este trajeto estava fermentando faz tempo no meu fértil campo de ideias. Aproveitei o fato de que a bicicleta estava na “revisão” (centramento de rodas), botei em prática a caminhada.
Nunca a poesia de Antonio Machado (poeta espanhol, e não português como eu havia erroneamente informado), fez tanto sentido.
“Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.”
Antonio Machado
Esta citação descreve perfeitamente o caminho percorrido, narrado neste artigo.
O trajeto consiste em cruzar o Morro do Osso, porém sem usar as trilhas existentes. Ou seja entrar em uma extremidade do morro e sair do outro lado. Percurso realizado em área de mato, fora das trilhas. Jungle Experience.
Ponto de entrada
A distância é pequena, o terreno oferece alguma dificuldade para progredir, mas nada que se possa dizer ser intransponível. Não foi necessário o uso de facão para abrir uma trilha, é possível progredir sem maiores dificuldade afastando / desviando os galhos do caminho.
A grande dificuldade fica por conta da orientação. Eu utilizei um GPS, e neste estavam plotados os pontos de entrada e o ponto de saída por mim escolhidos. Outro receio fica por conta da possibilidade de encontrar os famosos “malfeitores” que frequentemente se escuta falar. Os assaltos neste morro são frequentes, porém geralmente ocorrem na trilha principal e no mirante. Uma vez que eu não pretendia passar por estes locais…
Mas e trilha…
Estar envolto pela vegetação, é relaxante. Nos pontos iniciais, não foi possível escutar nada além dos pássaros, meus passos sobre as folhas secas e eventualmente água corrente do córrego que encontrei.
Negociar meu progresso com a vegetação / terreno acidentado, acabou por me colocar próximo ao limite dos fundos das residências que circundam o morro. Neste trecho, era possível escutar a “cidade”. Ruídos de motores e vozes humanas.
Observe que durante este trajeto, alguns espinhos são passiveis de lhe “atacar”. Percorri com as pernas expostas a trilha, de bermuda. Principalmente as canelas, estas ficaram bastante marcadas, arranhadas pelos galhos e espinhos que “encontrei” no caminho.
Espinhos, sempre presente
Imaginei que o grau de dificuldade deste percurso seria maior. A parte mais difícil, foi a saída. Para alcançar ponto que eu havia escolhido inicialmente para sair, era preciso vencer uma descida íngreme e escorregadia, seguida de uma subida por pedras com limo. Optei por contornar este acidente do terreno, subir o morro e buscar uma saída alternativa, uma rua acima do planejado.
Alguns dos trechos com a vegetação densa, “mato fechado”
Felizmente o GPS estava com uma precisão de localização com pouca distorção, em função da vegetação, e encontrei uma saída alternativa sem maiores dificuldades. Mas fica o aviso, não tente realizar tal trajeto, principalmente sem o uso de algum dispositivo para orientação.
Crânio de cachorro
Enfim muito boa atividade para o início do domingo frio. Como é um trajeto rápido, sobrou todo o dia para outras atividades urbanas e familiares…
Um dia glorioso, partida se deu cedo pela manhã. Após a auto-decretação do dia como um feriado particular. O destino, a cidade de Nova Petrópolis, na subida da serra do estado do Rio Grande do Sul.
Cheguei sem problemas, após percurso de carro, de pouco menos de 100km.
Me preparei para a trilha dentro do carro. Foi inusitado.
Rio Santa Izabel, um convite para uma aventura.
Iniciei a caminhada em frente a rua coberta, onde ficou estacionado o veículo. O trajeto até a trilha é curto, menos de 1km. É curioso, caminhando em uma via urbana, uma pequena entrada, que em nada indica o início de uma trilha fantástica.
Iniciando a caminhada em Nova Petrópolis (RS)
O primeiro trecho de “mato” não oferece muita dificuldade, embora existam trechos de vegetação fechada, que o “facão-zinho” que me acompanhou, ajudou abrindo caminho.
Mata “fechada”. Diversos trecho de difícil acesso.
Vencido esta etapa de trilha, um trecho de estrada de chão, até a represa do Rio Santa Izabel. Vale a caminhada até a represa.
Aqui o perigo realmente aumenta. Vale lembrar que eu tracei uma rota a ser seguida durante todo este percurso. Não tente fazer esta trilha sem noções de orientação, mapas da região ou GPS. Observe, existem trechos nesta trilha extremamente perigosos, com evidente risco de morte.
Na beira desta estrada avancei em floresta fechada. Não existe trilha a ser seguida. Utilizei o GPS para orientação. Embora o GPS apresentasse distorções no posicionamento, em decorrência da densidade da vegetação, que causava a perda de sinal.
Tive de abrir caminho à faca. Em busca do rio. O terreno é muito íngreme, solo molhado / “solto”. Pedras rolam ladeira abaixo, quando se tenta pisar nelas, inclusive algumas rolam após passar por elas, as pedras vêm em direção das pernas. E não são pedras pequenas. Em certos trechos, é preciso rastejar, buscando ancoragem em raízes. Muitas vezes, estas raízes se soltam do solo, quando estas recebem o peso do corpo, quando se tenta as utilizar como apoio.
Marcas dos espinhos na panturrilha.
Cheguei no rio, porém havia uma cachoeira de uns 10 metros para descer. Como eu não estava com o equipamento de rapel, tive de voltar para o mato para contornar a cachoeira caminhando. Foi uma escalada cansativa.
Paredões são a moldura do rio
Após contornar a cachoeira grande, iniciei o canyonig. Uma caminhada de poucos quilômetros, sobre o leito do rio Santa Izabel. O lugar é fantástico. Paredões de vegetação e pedras. Absolutamente lindo e tranquilo. O barulho da água corrente, pássaros. Inexplicável.
Deixando a beleza de lado, caminhar era preciso. Todo cuidado é pouco ao caminhar em um rio cujo leito é de pedras obviamente molhadas. Recomendo a utilização de capacete para percorrer este trecho. Outro item que recomento utilizar é um bastão / cajado, para ter mais um apoio e fazer a batimetria do fundo, para conhecer a profundidade do próximo passo.
Na emoção do momento, esqueci de proteger o GPS, que estava preso na alça da mochila. Na descida de uma pequena corredeira, achei um buraco de pouco mais de 1 metro de profundidade. Cai nele. O GPS submergiu rapidamente. A estanqueidade não resistiu. Ele veio a falecer imediatamente.
Desmontei o GPS após a trilha.
O rio tem uma profundidade pequena, na média é 30 centímetros, com variações. Acredito que em épocas de chuvas, ou quando abrem a represa, a profundidade fica bem maior. Este é outro perigo, como saber quando o nível do rio vai subir?
Segui caminhado no leito do rio sem a orientação do GPS. Prossegui com a informação que havia na minha memória.
Seguindo um momento contemplativo, encontrei uma cachoeira em um afluente do rio. Outro belo presente que recebi.
Tudo transcorreu sem maiores problemas. Encontrei a saída. Em seguida encontrei algumas poucas pessoas que me indicaram o caminho para retornar para Nova Petrópolis. Uma caminhada subindo a serra. Cansativa.
Enfim foi muito positivo.
Último aviso. Ao percorrer qualquer trilha, você o faz por conta e risco! Atenção com suas escolhas. Atenção!
RESUMO
26,73 Km Caminhando
6h59 Caminhando
1495 Calorias queimadas
Dificuldade: Muito Difícil
Elevado risco de Morte
Abaixo o link para o vídeo, versão reduzida com 15min de duração
Observem também o tipo de calçado que você vai utilizar. Eu usei um tênis de corrida comum. Que obviamente não aguentou a “pressão”. Vou procurar algum calçadista que possa oferecer melhores calçados, mais apropriados para terrenos inóspitos.
Este é a primeira publicação em vídeo do TriTrilhas. Foi um dia fantástico. Onde percorri uma trilha fantástica em Nova Petrópolis – RS. Este dia foi o meu dia de folga do mundo.
O vídeo tem aproximadamente 30 minutos e traduz / resume um grande dia. Uma trilha fantástica.
Logo em seguida vou finalizar o post com detalhes extras.
Localizado na zona sul de Porto Alegre, uma das trilhas mais fáceis desta cidade. Percorrer este trajeto não requer prática, tão pouco preparo, para utilizar a “via liberada” que eu denominei “Trilha A” até o Mirante.
Digo isto pois existem dois caminhos para chegar ao mirante.
Via “Trilha A” – trajeto majoritariamente plano, tem poucos pontos com subida. A trilha é ampla e fácil de percorrer.
Via “Trilha B” – Trajeto que era liberado aos visitantes. Agora só é possível utilizar este caminho com o acompanhamento de um guia do parque. O terreno é acidentado com subidas e descidas pronunciadas. Grande parte do trajeto é feito com “mato fechado”.
O track aqui comentado, inicia fora do parque, segue em direção ao Mirante via “Trilha B” e retorna do Mirante via “Trilha A”. Computando somente o trajeto de trilha temos algo em torno de 3,5 km em 40 minutos caminhando.
Link para o track GPS.
Inicio da trilha
Construída uma ponte recentemente, Sobre um pequeno córrego / nascente.
“Trilha B” e suas variações topográficas. Subida em que troncos estrategicamente colocados para “funcionar como uma escada”.
Essa imagem é um poema. Será que foi aqui que o poeta buscou inspiração?
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.”
Drummond
O Mirante
A vista
O retorno pela “Trilha A”
Considerações finais:
Relatos de assaltos são comuns no trecho compreendido entre Trilha A até o Mirante. Majoritariamente os horários em que ocorre este tipo de evento é no final da tarde, principalmente com meninas / mulheres em pequenos grupos.
Os pontos Ind_ini e Ind_fim indicam a trilha que vai do Morro do Osso ao 7° Céu, Passando pela “reserva indígena”.A última vez que fiz de bike este trajeto, fui mordido por um cachorro da reserva. Foto abaixo.
O parque, para quem acessa pelo entrada principal conta com estacionamento.
Em 08 de novembro de 2014, após diversas tentativas de conciliação de datas, estudos quanto ao tempo que teríamos, se faríamos o percurso em 1 ou 2 dias. Partimos.
Saída de Porto Alegre (RS) se deu as 4:30 ~ 5:00 da manhã.
Chegamos em Muçum (RS), onde adquirimos passagens de ônibus para Guaporé (RS).
Deixamos o carro no ponto final de nossa caminhada e seguimos de ônibus até o ponto inicial do caminho.
Iniciamos a caminhada as 8:51 (Guaporé) e finalizamos as 21:28 (Muçum) do mesmo dia.
Percorremos no total 51,39km caminhando em 12h e 37min.
Fizemos algumas paradas para refeições, fotos, cachoeiras e reparos nos pés, que ficaram cobertos de bolhas. Pois não é fácil caminhar sobre brita, os pés sofrem grandes torções.
A recompensa:
– Paisagens de tirar o fôlego.
– 18 tuneis percorridos com auxilio de lanternas.
– Pontes e mais pontes, algumas sem proteção para evitar possíveis quedas.
– Vida selvagem, aranhas, cobras, lagartos, pássaros, tatus, houve quem jura ter visto uma capivara.
Vale a pena para quem tem bom preparo físico. Não é trilha fácil se você vai buscar os 51,39km.
Itens obrigatórios
– Lanterna
– Par de meias
– Band-aid
– Muita água (levei 3l)
– Chapéu / Boné
Túnel – um dos tantos que passamos
Luz no fim do túnel – comentário que não pode faltar.
Alta, muito alta. Algumas pontes que não contavam com proteção lateral.
Equipe de manutenção parou no meio da ponte. Única maneira de passar era se agarrando ao vagão do trem e pisando na beirada da ponte. Sem dúvida foi um dos momentos mais “nervosos” da caminhada. É possível ver o Anele de camisa branca realizando a manobra.