Este é a primeira publicação em vídeo do TriTrilhas. Foi um dia fantástico. Onde percorri uma trilha fantástica em Nova Petrópolis – RS. Este dia foi o meu dia de folga do mundo.
O vídeo tem aproximadamente 30 minutos e traduz / resume um grande dia. Uma trilha fantástica.
Logo em seguida vou finalizar o post com detalhes extras.
Frio. GPS capturou primeiro ponto as 5h58. Frio. Muito frio. Menos de 2°C. O dia não conseguiu vencer a noite, a escuridão é total. A pedalada avança vigorosa. A primeira parada foi após 33km percorridos em 1h30. O frio me castiga demais, a parada foi em decorrência da minha falta de mobilidade da mão. Fui trocar a marcha e a mão não respondeu, estava “travada”, sem força.
Bem vindo sr. Sol
Tomei um bom gole de achocolatado, alonguei as mãos. Elas voltaram a funcionar. A chegada tímida do Sol também proporciona uma pequena melhora na sensação de frio. Acredito que poderia ter feito uso de mais agasalhos. Os dedos dos pés, todos estavam absolutamente amortecidos, sem sensibilidade. O frio tornou bastante difícil o trajeto.
Primeira parada. Muito frio. Sofrimento.
Prosseguimos até ponto backdoor2. Algumas subidas em estradas de terra e uma longa descida. Nas descidas de lombas o descanso das pernas era mascarado pelo frio que se sentia em função do vento decorrente do aumento da velocidade. Era uma sensação cortante.
Estrada até Backdoor2
O ponto backdoor2 era uma estrada, não parecia uma propriedade. Se havia uma porteira ali, ela estava aberta. Aqui inicia o modo trilha. Tuneis verdes, aclives e declives, terreno pedregoso e estreito. Porém não é preciso desmontar da bike. É possível vencer pedalando a trilha, que tem o terreno bem acidentado.
TrilhaVegetação
Finalmente encontro o que estava procurando. O que na foto de satélite, parecia ser uma pista feita por mão humanas. Realmente era uma pista. Muitas rampas, saltos, obstáculos. Muito bacana o local.
Esta imagem plantou a semente para esta trilha
Algumas pausas para fotos. O frio segue castigando o corpo. Novamente, é muito especial o local. Recomendo fortemente uma visita ao local. Descobrimos no final da trilha que o local era na verdade a Granja Armadilhas. É um local destinado a pratica de mountain bike.
Rodrigo Anele, companheiro de algumas trilhasVista
Este é um local aberto para visitação do publico em geral. Existe a cobrança de um ingresso para acessar o local. É possível acampar lá. E obviamente aproveitar as muitas trilhas oferecidas no local. Todas regadas com bastante adrenalina e uma bela vista. Vai lá visitar. Claro que não precisa saltar todas as rampas. As mais altas, achei prudente não saltar, uma vez que a minha bike não tem full suspension.
Rampa de 3m de altura
Contato da Granja Armadilhas
Estrada Ricardo V. Barcelos 2000.
Fone (51) 3494-1789 e (51) 9807-7779
RESUMO
80,5 Km pedalados
4h01 Pedalados
45 minutos parados
2379 calorias queimadas
Dificuldade: Media – Difícil
Procure fazer em outra época que não o inverno, o frio torna tudo mais difícil
Matamala, agora com bike aro 29. A temperatura estava um pouco acima dos 10°C. O primeiro ponto que o GPS marcou foi ás 5h53 da manhã. Noite fechada. Frio. E muita vontade. A pedalada é vigorosa, para espantar o frio. O rumo é conhecido, o que evita ter de fazer paradas para checar a direção que devo seguir. Literalmente avançando na escuridão. Existem trechos da av. Juca Batista, em que a iluminação pública é inexistente. Na região da Hípica, a escuridão é quase total.
Passando Belém Novo, o Beco do Jesuíno é um trajeto que evita trânsito das ruas e avenidas pavimentadas, que nesta hora é baixo. Também foi percorrido no escuro. O beco desemboca na entrada da trilha.
Subir o morro do Lageado (com “g”) é o primeiro desafio. Observe o perfil vertical da subida. É insano, mesmo com o megarange não consegui vence-la. Escalo pouco mais da metade. O trecho final é “vertical”. A bicicleta começa a ficar com tendência a empinar, em função do ângulo do solo. Até caminhando é difícil vencer o trecho. Caminhando a panturrilha “queima”.
Exatamente as 7h já na trilhaPerfil insano da subida
Iniciei a trilha exatamente ás 7h da manhã. A escolha do local, o Matamala, tinha como finalidade testar a bicicleta em uma trilha longa. Minha janela de tempo / alvará era até ás 10h. Hoje é “solto na vala”. Parei pouco, esta é a razão das poucas fotos. O objetivo, percorrer “voando” a trilha. Assim o fiz. O terreno acidentado, a suspensão dianteira, a equação entre estes fatores que permitem progredir sem acidentes, estou começando a dominar a técnica. Não espere que a suspensão faça todo serviço sozinho. É preciso auxiliar a mesma ao passar por buracos onde a roda pode travar. Aliviar o peso sobre ela. Desta forma é possível ultrapassar as saliências no solo.
Kombi nunca havia percebido ela, mas deve estar já faz tempo lá.
O tamanho e perfil do pneu. Outro fator que impressiona. As derrapagens, perda de aderência, que antes com um pneu liso, eram uma constante, praticamente desapareceram.
Mas e a trilha? Esta sempre muda um pouco de tempos em tempos. Porém esta tudo lá, Subidas pedregosas. Descidas íngremes. Longos trechos de declives pouco acentuados, que permitem desenvolver boa velocidade. Tuneis verdes. Pequenos cursos de água. Vista privilegiada. Não canso de elogiar. Meu mais profundo desejo é que esta área se preserve, que não sofra com a ação humana.
Lugar inspirador
Não é uma trilha cansativa. Pouco menos de 6km em menos de 1h20. Na minha opinião é uma ótima maneira de começar o dia.
Uma pequena lembrança de que esta é uma prática perigosa. Ao final da trilha observei um sangramento na perna. Não percebi quando ocorreu, provavelmente em um ponto da trilha fechada, onde deva ter passado velozmente por alguma planta com muitos espinhos.
Jamais imaginei a surpresa que me aguardava, quando iniciei este pedal. Estava buscando uma trilha mais distante, na região de Itapuã / Varzinha. No caminho para esta possível trilha… Passei pelo pórtico abaixo, que indicava a entrada da Trilha da Lua Cheia.
Foi uma imensa surpresa. Não me lembro de fazer qualquer trilha, com uma sinalização do início tão convidativa. Precisei de meio segundo para decidir, trocar o meu objetivo do dia. A porteira aberta, era simplesmente irresistível.
Fui progredindo lentamente, empurrando a bicicleta. A trilha é ideal pra caminhada.
TrilhandoSegue a trilha
A medida em que se avança, é possível chegar um local para contemplação, com uma linda vista do Rio Guaíba.
BancosVista
Prosseguindo na trilha a vegetação começa a ficar mais densa / “fechada”.
Trecho com mato “fechado”Tunel
Porém é pequena a distância percorrida sob condições “fechadas de vegetação”. Logo a trilha “abre” novamente, sendo possível ver o céu.
Flores aéreas
Seguindo a trilha, esculturas, caminhos de pedra, simbolismos religiosos, ossadas, informações relativas à vegetação em placas, podem ser observados.
EsculturasCaminho de pedrasOssada“Preto Velho” simbolo da Umbanda
A trilha tem pouco mais de 1km, e pode ser percorrida caminhando em menos de uma hora. Acredito que fazer a mesma durante o período noturno, com a luz da Lua cheia, deve adicionar um toque especial. Se esta for a proposta, eu aceitaria um eventual convite para percorre-la novamente. Busque pelo ponto LUA, é o início da trilha.
Aproveito este momento e quero deixar os meus sinceros parabéns ao idealizador desta trilha e o fato de deixar a mesma aberta à visitação.
Chegando até a Trilha da Lua Cheia.
Chegar foi fácil. Pedalando até Itapuã. Condições climáticas favoráveis.
Retornando após a trilha.
Aqui deu problema. O contra vento se apresentou com uma força acima do aceitável. Travando o progresso. Somado ao fato de que eu não havia feito nenhuma refeição desde que o dia iniciou. Acordei cedo e parti, apenas com água. Repetindo erros passados. Minha energia esgotou. Pedalava dois a três quilômetros e tinha de parar. Verifiquei o orçamento… E desde a última grande pedalada para a Pedra Equilibrada, onde consumi todos os recursos que ficam junto as ferramentas que levo para pedalar… Não fiz a reposição de dinheiro…
Revirei todo este compartimento, para me certificar que não havia mesmo algum $$ perdido, ou uma pequena barra de chocolate… e achei somente R$ 0,80 (oitenta centavos). Parei sofregamente no posto de combustível que fica na entrada da Restinga e lá adquiri com todos os recursos disponíveis 5 balas salvadoras. Depois de mastigar duas, deixei as demais dissolvendo na boca à medida que pedalava. Impressionante o que um punhado de açúcar faz ao chegar na corrente sanguínea. Pedalei os 10km finais sem mais paradas.
É difícil começar a narrativa desta trilha. Em determinados momentos eu questionei minha decisão de percorre-la. Beirou a insanidade… Ai vai o relato.
No final do ano passado (2015) em uma conversa informal com pessoa de minhas relações, o Luis Fernando, comentou ter passado momentos agradáveis na Lagoa do Bacupari. Durante nossa conversa ao telefone, imediatamente já busquei na internet mais informações com relação ao local. Lá foi plantada a semente que no dia 1º de fevereiro de 2016 enfim germinou.
Parti logo cedo ás 6h da manhã. O meu plano, pedalar os 65 quilômetros de Tramandaí até a Estrada das Garças, para chegar na Lagoa do Bacupari. Calculei que levaria em torno de 4 horas para fazer o percurso. Pelo fato de estar pedalando na areia, pela beira da praia. (Obs. Em asfalto, 60 km faço em pouco mais de 2 horas). Saindo cedo evitaria o Sol.
Estrada das Garças, uma linha imaginária sobre dunas de areia.
“Misericórdia”, levei 5 horas e trinta minutos para percorrer estes malditos 65 quilômetros. Com o dia amanhecendo logo que entrei na faixa de areia da praia, rumando para o sul, percebi no rosto o sopro do vento contra… Não desanimei. Já passava pela praia de Cidreira quando o dia raiou em sua totalidade. Neste momento o vento pareceu se intensificar. Mas minha decisão estava tomada, eu prosseguiria a todo custo. As praias iam ficando para trás, Pinhal, Magistério, e passei por Quintão. Aqui mais um adversário se apresentou com toda sua fúria. A areia “fofa”.
Tentei pedalar próximo a linha do mar, tentei próximo as dunas, em toda a extensão da praia. Sempre havia um trecho de areia que enterrava o pneu da bicicleta, e freava meu deslocamento, me obrigando a desmontar e empurrar. Sempre acompanhado do vento contra. Pedalar acima das 15 km/h era uma alegria. Meu avanço era pífio, se comparado ao esforço que eu fazia.
Observe o gráfico do perfil do terreno. Não houve nenhum trecho plano.
E assim pelos próximos 30 quilômetros. Um batalha para cada quilometro vencido.
Deixando um pouco de lado minha luta para progredir. Interessante, observar somente após a praia de Dunas Altas uma faixa do litoral gaúcho com quase nenhuma pessoa. Todo o resto do trajeto se encontra diversas pessoas, pescando, passeando, “praiando”. Outra curiosidade, contei mais de 10 carcaças de tartarugas ao longo do percurso. Infelizmente algum erro ocorreu no meu smartfone, que não registrou todas as fotos da perna de ida. Lamentável o fato.
Uma das carcaças que observei no caminho, esta era particularmente enorme. Não sei se era uma tartaruga “gigante” ou outro animal marinho.
Voltando a batalha da trilha. Os últimos 15 quilômetros foram um verdadeiro suplicio. Não existia areia compactada que permitisse pedalar por mais de 500 metros. O Sol veio com toda a sua força. O vento era cruel e contra. Os constantes desníveis da areia. Mas desistir não era uma opção.
Enfim o GPS apontou a chegada na estrada das Garças. Agora bastavam mais 6 km em direção oeste. Iniciei o avanço nesta estrada. E outro golpe duro. A estrada nada mais é do que uma linha imaginária que cruza 6 km de dunas. Aqui parei para considerar as opções. Pesei o que passei e o que viria a passar no retorno, as condições adversas, inclusive fiz um vídeo neste momento. Ao finalizar o mesmo percebi diversos carrapatos grudados em minhas pernas ávidos por sangue. Foi a gota d´agua. Arranquei os bichos de minhas pernas e iniciei o retorno para Tramandaí.
Percorri um trecho da Estrada das Garças. Até o ataque dos carrapatos.
Felizmente o vento agora era favorável. Porém a areia seguia a mais traiçoeira dos oponentes. Eu pensava somente em uma sombra que eu havia vislumbrado próximo ao Farol de Berta, que fotografei, mas a foto misteriosamente desapareceu da memória do smartfone.
Aqui nesta sombra almocei. Duas barras de Kit-kat e um litro de achocolatado.
Sombra na praia de Dunas AltasObserve a intensidade do Sol
Prossegui voltando, porem não foi fácil. O sol já deixava marcas em minhas pernas e mãos desprotegidos.
Em Cidreira, uma nova parada longa. Parei numa sobra da guarita 177, olhando a plataforma e os 20 km que me separavam de Tramandaí, destino final. Foi difícil, muito difícil estes quilômetros finais. Porém venci.
Nova parada em Cidreira, o final esta próximo
Não recomendo essa aventura. É por demais penosa. Se for fazer, escolha outra estação que não o verão. Eu não faria novamente, a menos que houvesse um premio milionário por concluir a percurso.
Parece mais um desabafo que a descrição de uma trilha. Enfim, em outro momento vou conhecer esta lagoa, mas não sei se vai ser pedalando.
RESUMO
133 Km Pedalados
9h09 Pedalando
2h02 Parado
3330 Calorias queimadas
Dificuldade: Difícil / Insano
clique no mapa para o track GPS
Observações finais:
A maior motivação para pedalar na areia foi a possibilidade de não utilizar o capacete.
Se eu prosseguisse na Estrada das Garças, seria caso de internação…
Eu sei que o perfil do pneu da minha bicicleta não é apropriado para andar na areia. Enquanto não tenho um patrocínio que permita adquirir diferentes bicicletas para diferentes usos, a atual vai ter que aguentar o tranco.
Você não imagina a alegria de ver a plataforma de Tramandaí, que sinalizava o fim da jornada…
Pouco tempo disponível, final de semana comprometido com eventos diversos. Busquei no “catalogo” uma trilha curta. Resposta Trilha do Exercito. Chamo desta forma por estar próximo aos quartéis da zona sul. Porém encontrei referência de que este é o “Morro das Abertas”. Não sei se procede.
Saída ocorreu ás 6h da manhã. A ideia é estar no topo do morro escolhido para ver o nascer de um novo dia. Neste momento olhando para um lado somente vejo mato e o Sol. Olho na direção oposta e vejo as milhares de residências da cidade de Porto Alegre. Imagino em cada uma delas o despertar de milhões de pessoas… todas aglomeradas em suas casas, enquanto tenho “todo o morro somente para mim”. Ou melhor, hoje tenho a companhia do Anele na trilha. Então o morro é somente nosso neste momento.
A entrada escolhida para essa trilha fica colada em um muro. Ela não parece muito convidativa. Não consegui uma foto do local, pois estava escuro quando entrei na trilha. A foto não iria ficar nítida.
Abaixo vista do morro a ser percorrido.
Uma grata surpresa. Nesta mini pedreira, constatei um belo local para praticar o rapel. Uma parede de uns 7 metros. O problema é a falta de pontos de ancoragem. As arvores próximos a este ponto não são grandes. Em um próxima vista com mais tempo vou procurar um possível ponto de ancoragem.
Magrela e GPS morro acima.
Panorâmica da zona sul de Porto Alegre.
A nova estação de tratamento de esgoto da Serraria. E o sonho de um dia ver o Guaíba despoluído.
Escalada básica. Grau de dificuldade = zero. Valeu pela foto. Abaixo Juliano.
Abaixo Anele.
Resumo da trilha:
17km percorridos no total asfalto + trilha
1h44min
Para quem busca atividade de alto gasto calórico, procurar outra trilha, a estimativa desta é um gasto de 722 Calorias.
Abaixo link para o track do GPS:
Acredite ou não, existe uma pedreira em pleno funcionamento dentro do município de Porto Alegre. Não me cabe juízo de valor se é correto ou não. Fato é, visitar o local é na minha opinião bastante interessante.
Chegar lá por este caminho que eu sugiro, requer tempo e disposição. Não é atividade das mais fáceis. Porém não é impossível, para quem tem condicionamento físico e psicológico para enfrentar o terreno acidentado
Muito boa trilha.
Início no Bairro Vila Nova até Agronomia, por estradas secundárias e trilhas.
Partindo as 6h da manhã, o crepúsculo matutino já é percebido. Uma leve garoa, convida para um retorno ao lar, para deitar novamente. Convite esse que recusei.
A direção é a estrada das Furnas. Uma subida pronunciada de estrada de terra. Aqui eventualmente descer da bicicleta e empurrar lomba acima, pode ser considerada como uma opção.
Após vencer a subida se chega no “Santuário da Nossa Senhora do Telhado Verde”. Eu desconheço maiores detalhes do templo, esta é a minha nomenclatura para o local. Tão pouco ele estava aberto para visitação. Feito o registro fotográfico, sigo em direção a Oscar Pereira.
É preciso passar por um pequeno núcleo urbano, que parece ter sido esquecido pelo poder público. Aqui realmente inicia a trilha da Pedreira.
O trajeto pode ser percorrido sem problemas. Subidas e descidas já no topo do morro. Poucos são os locais “intransitáveis” como o da foto abaixo.
Vista do “Santuário da Nossa Senhora do Telhado Verde”
*As carcaças de automóveis depenados, também estão presentes nesta trilha.
E SURPRESA. O acesso para a Pedreira foi fechado. Casualmente encontrei o Sr. Bortolini (creio ser este o nome que ele informou), que explicou o motivo. Existe um transito muito grande para a Pedreira, especialmente de delinquentes, com carros roubados, desovas de corpos, tentativas de estupro, despejo ilegal de detritos, queimadas. É um local que pelo seu isolamento atrai este tipo de frequentadores também. Desta forma ele que tem propriedade vizinha e a Pedreira, conjuntamente optaram por bloquear o acesso a mesma. Com cercas e barricadas de terra, intransponíveis para carros. Porém ele deixou claro que os esportistas são bem vindos, ciclistas e motociclistas. Tanto que vai ser colocado um acesso para passagem destes veículos menores junto a cerca nova. “UFA!”
Seguindo adiante após a cerca… Eis que surge. Gigantesca. A Pedreira. Sempre que eu volto a este local, me recordo da primeira vez que vislumbrei ela. A sensação de atingir um objetivo, chegar ao local desejado. É difícil traduzir em palavras. Quem convive comigo e pergunta qual a minha motivação de buscar lugares “esquecidos”, “ermos”, e não entende o sentido. Minha resposta é, fique em casa, o Domingão do Faustão deve estar com atrações maravilhosas.
Esta última foto é de 2013, num dia com melhor condição solar.
Após a Pedreira, uma trilha muito boa, “lomba abaixo”, mato fechado. É muito prazeroso percorrer a mesma. Atenção aos troncos caídos, e para o cruzamento de cursos d’agua. O final desta trilha é na Av. Bento Gonçalves, quase na divisa com Viamão.
Não podia faltar a “pedra do meio do caminho…”
Eu sofri pequenas “quedinhas” em baixa velocidade. Pedal que tranca em sulcos e pedras. Numa destas ocasiões perdi minha lanterna traseira. Se alguém encontrar, basta avisar… Vou pessoalmente buscar!
3 horas. Era todo o tempo que eu dispunha. Sendo que eu deveria retornar antes das 9h30 da manhã. Qual o motivo? Matrimônio & Paternidade.
Enfim parti cedo, pontualmente as 6h da manhã. Escuridão, estradas com pouca ou nenhuma iluminação, especialmente próximo a Belém Novo, atrás do Aeroclube, quando lá cheguei refleti de que devia ter escolhido outro caminho… porém… segui adiante. Estrada de chão, muitos buracos, resulta em velocidade baixa.
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Chegando ao Lami o dia começou a clarear. O efeito no céu é lindo, a foto não conseguiu capturar o momento adequadamente.
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Já em Itapuã o sol finalmente apareceu no horizonte. Novamente não consegui um ângulo favorável e fotografar o crepúsculo matutino.
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Chegando na estrada da varzinha, o que se viu foi cercas e mais cercas. São diversas que me separam de acessar pontos mais remotos como o da foto. Uma lástima. Visto que o objetivo desta pedalada era encontrar novas trilhas.
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No percurso de volta vista da Pirâmide do Lami.
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Conhecendo o seu corpo. Eu conheço alguns sinais fisiológicos do meu corpo. Já passei por duas situações de hipoglicemia. Uma nadando e outra pedalando. O cérebro funciona, porem os membros braços e pernas entram em um estado de contração. Trava tudo. Não consigo me mover. É uma situação curiosa. Quando eu percebo estes sinais… é hora de “adoçar o sangue”. Nada como uma dose de doce de leite. É tiro e queda. Chocolate também funciona.
Extremamente fácil. A trilha é uma barbada, termina em uma “propriedade” / Casebre com cachorros. Não foi possível prosseguir. Retornei pelo mesmo caminho.
Embora creio que a trilha prossiga, passando ao largo desta “propriedade”, sendo pouco utilizada e bastante fechada, marquei o provável ponto. Porém resolvi não seguir por ela, para não forçar a perna. Ficou para outro dia.
O terreno é plano e a trilha percorrida é ampla. É possível verificar vestígios de presença humana. Diversas “churrasqueiras” improvisadas com pedras, resíduos de fogueiras, são facilmente encontradas nas clareiras com saída para o Rio Guaíba. Infelizmente muito lixo também.
Pedalada fácil, sem passar pela ponta do Aero Clube, é possível fazer a volta em Belém Novo abaixo de 1h20min. Porém o período é de recuperação, e tudo fica mais lento.
A Ponta do Aero Clube, é uma baía, não tem nada de ponta, e simplesmente fica ao fundo do Aero Clube de Porto Alegre. Eu criei esta denominação, que não é utilizada por ninguém. Foi como batizei quando eu fui ao local pela primeira vez.
Uma surpresa. O trapiche que ficava escondido… foi “arrancado”. Foi uma surpresa um tanto quanto desagradável. Era um local que eu particularmente apreciava. Permitia contato com o rio de um local privilegiado. Ficam as fotos de recordação. Agora sobram apenas as estacas cortadas rente ao solo, atestando que naquele local um dia houve um trapiche. Creio que o corte ocorreu justamente por atrair público… que não era de todo muito educado. As fotos são de 2011 e 2012.
Acima creio ser o famoso “entope cano” mexilhão dourado.
Morro do Lageado, creio ser conhecido também como “Matamala”.
Não sei a origem deste apelido, mas existe referência a ele apontando para o Morro do Lageado. Se alguém souber a origem, serei grato se me informar.
* É Lageado com “G” diferente da grafia da cidade de Lajeado com “J”
É na minha opinião uma das melhores trilhas de Porto Alegre.
Chegar lá é fácil, eu costumo fazer caminhos alternativos. Para chegar sem erro basta seguir a Edgar Pires de Castro até a Estrada do Cerro (ponto Estr Cerro).
Após entrar nesta rua, logo em seguida inicia uma subida, que é bastante pronunciada. Uma das lombas mais difíceis que eu já enfrentei. Consegui subir metade dela. Eu não costumo desistir das lombas, nesta pedi água. Fazer caminhando já é difícil. Mas não é muito longa.
Um novo dia
Acima a entrada da lagoa dos Patos
A trilha é uma das mais extensas dentre os morros de Porto Alegre. O pessoal do motocross utiliza muito esta trilha. Estre é o motivo dos grandes sulcos na trilha. Estes sulcos dificultam para quem percorre de bicicleta. Ao pedalar, constantemente existe o contato com o solo por parte do pedal. A dificuldade é inerente para quem faz trilhas. Isto não impede de aproveitar esse local. Em época de chuvas, transitar em certas partes da trilha resulta na equação ( pessoa + roupas + bicicleta = embarrados )
Ambas as saídas são pela Restinga.
Neste post eu publiquei três visitas ao local, unificadas em uma trilha. Uma pela saída mais curta, e uma segunda pela saída mais longa. No ponto Bif2 (bifurcação2) é possível escolher por onde sair. E uma megacurtinha que retorna ao ponto inicial, basta dar a volta no ponto Bifur. A distância é de 30 a 40km qualquer uma das voltas. De trilha mesmo são 4km as menores e 8km a saída maior.
Com sorte você consegue ouvir e ver bugios. Em determinados pontos, para qualquer lado que se olhe, só é possível ver natureza. Isto estando “dentro da cidade”.
As fotos são de dias diversos, em estações diversas. Algumas de 2012, 2013, 2014 e até desta última incursão, em maio de 2015. É possível perceber diferenças na vegetação, humidade do local, condição das nuvens, etc.
Eu procurei esta trilha por muito tempo. Fiz incursões pela estrada das Quirinas, pelo meio do mato, uf.. até que um dia achei. Segue ela publicada de barbada!