Reserva do Lami – Remo

Nasceu a ideia, e em menos de uma semana coloquei em prática. Navegar com o caiaque no entorno da Reserva Biológica do Lami, no extremo sul da cidade de Porto Alegre (RS).

Embora a remada propriamente dita não fosse em nada desafiadora, não foram poucos os desafios enfrentados nesta jornada. O primeiro desafio, foi colocar o caiaque dentro do carro. Felizmente eu já aprendi a melhor disposição de bancos para acomodar a embarcação. Realizei a tarefa rapidamente e parti rumo a “praia do Lami”. Isto as 5h da manhã, escuridão total e absoluta nas vias que cruzei.

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Escuridão ao lançar o caiaque no rio

Chegando lá eu não havia marcado/escolhido um ponto para acessar o rio Guaíba. Contei com a sorte. Felizmente encontrei uma abertura na vegetação com acesso ao rio. Mesmo com a pouca iluminação do local. Porém este acesso era de solo lodoso, barro mesmo. Ao pisar, afundava até a canela no barro. Era preciso caminhar uma boa distância no barro até encontrar profundidade suficiente para embarcar no caiaque sem literalmente atolar. Somado a isso uma nuvem de mosquitos me atacou sem a menor piedade. Que começo.

Uma vez dentro da água, era possível escutar a música de uma festa / “pancadão” que ocorria no Lami. Durante o lançamento do caiaque na água, evitei cruzar com diversos grupos de pessoas que deixavam o evento. A música deste evento me acompanhou por um bom tempo na remada. Era possível escutar a distância ela.

O dia raiou de forma espetacular. O crepúsculo matutino é sempre um show à parte. Observar tal evento, navegando é… “não tem preço”.

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Crepúsculo matutino

Facilmente encontrei a o acesso que margeia a reserva. Observar que não é permitido desembarcar na reserva. Regra essa que foi respeitada por mim. Minha esperança era visualizar algumas espécies que tem este local como seu habitat. Capivaras, lontras, bugios, entre outros.

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Dentre o que consegui avistar, creio ter visto uma capivara na margem norte, ou foi um golpe de vista. Infelizmente não consegui registrar com a câmera esta suposta aparição. Escutei diversos bichos mergulhando, emitiam um ruído e então se escutava o barulho de um corpo entrando na água. Avistei o que acredito ter sido o mergulho de uma lontra, ao longe.

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É possível ver a água agitada onde a lontra saltou

Fora os avistamentos, muitos pássaros entoavam seu canto com a minha passagem. Algumas aranhas inevitavelmente caíram sobre mim. Gentilmente as devolvi para os seus locais de origem. Isto em virtude do túnel verde que se forma sobre este braço d’água. Caso sofra de aracnofobia, fique longe.

Foi uma remada muito tranquila. O local é de uma beleza ímpar. Em determinados momentos formou um belo espelho d’água.

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Espelho d’água

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O retorno não ofereceu grande desgaste. Praticamente o vento era nulo, sem ondas os locais por onde naveguei. O desafio era enfrentar novamente o barro para sair do rio. Felizmente a praia do Lami conta com chuveiros públicos. Fiz bom uso de um deles.

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Barro agora é visível

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Felizmente o local conta com chuveiro público, que funciona!!

RESUMO

8,3 Km remados

2h12 minutos remando

484 calorias queimadas

Dificuldade: Fácil a remada, exige noção de navegação.

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