Cascata do Garapiá – Rapel

O plano desta descida tem mais de ano. E finalmente juntei as condições para colocar o mesmo em prática. Estar no litoral norte Gaúcho, com o equipamento correto e tempo para fazer.

Após uma longa semana chuvosa, resolvi que não mais esperaria. No dia escolhido, antes das 6h da manhã já estava ingressando na BR rumo a cidade de Maquiné. A chuva se fez presente durante todo o trajeto. A única razão que me faria recuar do meu objetivo, rapel, era se caso o volume de água da cachoeira fosse excessivo. Mas para obter esta informação, eu teria de conferir a mesma pessoalmente.

Chegando lá, felizmente o volume de água estava dentro da normalidade. Logo cedo pela manhã o Garapiá sem nenhum visitante, ficou completamente à minha disposição.

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Cascata do Garapiá

Iniciei a trilha lateral a cachoeira, rumo ao todo desta. A trilha é curta, porém ela tem trechos “desprotegidos”, onde existe o risco de queda de altura considerável. Em virtude das chuvas recentes a mesma estava bastante escorregadia. Toda cautela é bem vinda ao percorrer a mesma.

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Trilha acesso ao topo da cascata

No topo da cachoeira durante o preparo dos pontos de ancoragem, sofri diversas quedas. O leito do rio é de pedra, assim como o seu entorno. Muito escorregadio o piso. USAR SEMPRE O CAPACETE! Em uma das quedas, bati fortemente a cabeça em uma pedra, felizmente estava usando o capacete.

Uma vez a ancoragem e a via de descida preparadas, revisadas, testadas, iniciei a série de descidas. Tomar um banho de cachoeira por si só já é uma atividade muito prazerosa. Descer de rapel, atrás da cachoeira… não me atrevo a tentar descrever a alegria que é. Transcende.

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Após as descidas era preciso nadar aproximadamente 15 metros, que separam a cachoeira da margem. Fazer esta travessia com tênis, roupas e equipamentos de lastro, não é tarefa fácil. Mas também não é impossível.

Por duas horas e meia fiz diversas descidas. Testando diversas “manobras”. Encerrei as descidas, tão logo percebi o primeiro sintoma de frio. O dia estava nublado.

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RESUMO

9,2 Km trilha + descidas

2h35 minutos trilha + preparo rapel + descidas

501 calorias queimadas

Dificuldade: Fácil a trilha, rapel exige experiência.

MAPA

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Caixa d’água – escalada / rapel

Pouco depois das 6h da manhã já estou na rua. Caminhando. Isto em função do peso dos equipamentos que levo dentro da mochila. Cordas, mosquetões, freios e demais acessórios para escalada e rapel. Não pesei a mochila, mas tranquilamente estou falando de mais de 10kg de equipamentos.

Mas não posso reclamar. Eu tinha a opção de ficar em casa, dormindo. Deixar todo o equipamento esquecido em um canto escuro.

A minha escolha foi carregar todos estes itens, em direção a caixa d’água, localizada próximo a entrada do parque do Morro do Osso, em Porto Alegre (RS).

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o desafio…

Calculei o tempo para que minha chegada ao local coincidisse com o raiar do dia. O plano de escalar a caixa d’água, requer muita luz, visando maior segurança. Aqui meu planejamento se mostrou muito assertivo. Cheguei ao local já com o dia claro.

É um local calmo. Pouco movimento nas ruas que circundam esta praça, onde fica localizada esta caixa d’água.

Lentamente preparei os equipamentos e lancei a corda sobre a viga do primeiro estágio da caixa d’água. Corda fixada com sucesso. Preparei dois cordeletes com nós para ascender na corda presa a viga. A tarefa foi fácil. Porém realizei ascensão de maneira lenta. Prefiro realizar tal atividade com calma, checando tudo, para que não haja nenhum imprevisto, visto que eu estava sozinho.

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Escalando ao raiar do dia

Acessei o primeiro estágio. Deste, eu pretendia lançar a corda para o segundo estágio e ascender por ela. Porém a escada fixa da caixa d’água já estava ao alcance da mão. Escolhi esta via para acessar o topo.

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Primeiro estágio vencido

Após ingressar na escada, cujo acesso não é fácil, prossegui de maneira mais rápida rumo ao topo. Atenção que a estrutura da escada já apresenta avançados sinais de corrosão. É desaconselhável realizar esta escalada. Existe um grande risco envolvido.

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Escada para o topo

Chegando ao topo, uma sensação de dever cumprido. Eu havia estabelecido a meta de subir. Planejei metodicamente a ascensão. Executei o planejamento com pequenas melhorias. E cumpri meu objetivo.

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Chegando ao topo
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Vista

Há quem não veja sentido nesta empreitada. “Fi-lo porque qui-lo”. Não sou alpinista profissional, mas me é gratificante vencer os desafios aos quais me proponho.

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Retornando ao solo. Sensação de dever cumprido.
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Ghost rapel. Técnica para recuperar o equipamento.

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O bônus veio no retorno da escalada, passei em frente ao clube AABB. Neste estavam testando uma pista de mountan bike. Evento que vai ocorrer no final de semana dos dias 20 e 21 de agosto de 2016.

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Teste da pista de mountain bike

RESUMO

8,64 Km percorridos

3h10 tempo total caminhada + escalada

498calorias queimadas

Dificuldade: Média

Clique no mapa para track GPS

CXaguaMAP

Juliano Bonotto