Amanhece um novo dia. O plano é simples. Morro do Sabiá, Ponta da Serraria e Ponta Grossa. Três destinos, uma remada. Partida foi logo cedo pela manhã, antes das 7 horas. Chegar próximo ao Rio Guaíba na cidade de Porto Alegre é por si só uma alegria. Há quem tenha “nojinho” do Guaíba, eu particularmente adoro o rio, que tantas alegrias já me proporcionou.

Chegar à beira do rio não é tarefa fácil, no ponto escolhido por mim. Mas é o melhor em termos de proximidade com o local em que o caiaque fica guardado. É preciso fazer um trilha nada amigável carregando o “pesado” caiaque.
Adaptei uma “alça de ombro” com cabo / corda e alguns nós “lais de guia”, que aguentam a pressão e são fáceis de fazer e desfazer.

O Morro do Sabiá era uma área privativa, porém aberta a visitação pública, da Fundação Rubem Berta, proprietária da VARIG, o que foi uma das maiores companhias aéreas do mundo, cuja origem era gaúcha. Que acabou atropelada pela concorrência, decisões gerenciais entre outros fatores. Uma lástima.
Hoje creio que o Morro do Sabiá é uma área particular, com acesso restrito. Creio que de propriedade de uma rede de ensino. Outra lástima. Um espaço tão bonito, inacessível para 99,9% da população.
Voltando para a remada, segui em direção a Ponta da Serraria, o segundo ponto a ser visitado. O vento de popa me auxiliava no deslocamento. Porém este mesmo vento provocava ondulações de considerável tamanho. Cada vez que uma onda passava por baixo do caiaque, o desestabilizava. Fui obrigando a acelerar a remada para equilibrar a embarcação-zinha.

Não atingi os demais objetivos. O tempo não permitiu. Eu tinha compromissos as 9h30 da manhã. Calculei que na volta eu iria remar no contra-vento, e contra as ondas. O que faria o tempo de remada ser maior no trajeto de retorno.
Minha suposição se confirmou. Foi uma remada vigorosa contra os elementos vento e ondas. Mas muito satisfatória. São nestes momentos em que eu costumo cantar. Felizmente não tenho plateia.
Aqui um link para um pequeno vídeo da remada no youtube.